domingo, 20 de março de 2011

Vamos dar um abraço solidário no rio Velho

Em virtude das comemorações nacionais do Dia Internacional da Água, comemorado no dia 22 de março, estamos voltando nossa atenção para o estado em que se encontra o rio velho “antigo leito do rio Quixeré” cujo trajeto de 11 km apesar de perene está totalmente assoreado e poluído.

Durante a semana de 21 a 24 de março de 2011 estaremos nas escolas e rádio local divulgando nossa programação e orientando ações para estudo dos problemas e soluções de curto médio e longo prazo.

A culminância de nossas ações de conscientização e sensibilização para o saneamento e preservação deste rio será um abraço coletivo como ato de amor ao rio. Dia 25  (sexta-feira, às 07h30m).

O percurso de formação do cordão solidário será da cabeceira do rio pelo corredor do sitio varzinha (casa de José Lopes Ribeiro), descendo pela Rua Manoel Cunha até a entrada da Ilha I passagem da ponte velha.

Convidamos as pessoas do Sitio Varzinha, Lagoa do Boi, Pontal, Nova Morada, Rua Noé Viana, Rua dos Sulinas para preencherem os espaço desde a cabeceira seguindo a jusante do rio. As pessoas do centro, bairro Leão, Ilha e demais localidade para completar o cordão da Rua Manoel Cunha até o local possível de se transitar na Ilha I.

Além de observar e buscar conhecer os problemas atuais e os benefícios de um rio saneado, Pedimos para todos de mãos-dadas exatamente às (sete e trinta) 07h30m gritar a seguinte frase: Salvemos nosso rio!





sábado, 12 de março de 2011

PORQUE CHAMAMOS ESSE TRECHO DE 11 km DE RIO VELHO

         A começar pelo local onde hoje se situa a barragem e a ponte Manoel de Castro Filho, que é também extrema entre Quixeré e Limoeiro do Norte. A cheia de 1862 iniciou ali uma bifurcação à margem esquerda, que com o passar dos anos foi tornando-se um estreito córrego e as cheias de 1917 e 1924 se encarregaram de alargar. Daí começaram a chamar esse desvio natural de rio Córrego e rio das Pedras. Esse primeiro novo rio ou afluente reencontra seu antigo leito formando a ilha Quixeré. Mas, aparece mais uma bifurcação novamente à esquerda e chamaram-na de volta do córrego, assim como o seu segmento de vários quilômetros foi chamado de Córrego Novo. O resultado de tantas transformações é que o primeiro leito do rio Quixeré ficou conhecido como rio velho que perenizado pela prefeita Luzimar Bandeira de Oliveira Rebouças em 1989, num percurso de onze quilômetros, vem beneficiando as comunidades de Ilha, Leão, Boqueirão, Alto do Bagre, Poço da Onça, Botica e Córrego Fundo.

        O córrego Novo que é hoje o rio principal se conecta com o rio velho através do riacho Sucurujuba. Córrego Novo e rio velho vão seguindo paralelos encontrando-se novamente na localidade de rebolada no município de Russas formando novamente um só rio: Quixeré. Um pouco mais à frente encontra-se com o rio Jaguaribe, no lugar chamado Ilhota.







O RIO QUIXERÉ E O SIGNIFICADO DESSA PALAVRA QUE DEU ORIGEM AO TOPÔNIMO DO MUNICÍPIO

        O rio Quixeré é um braço do rio Jaguaribe. Nasce no município de Tabuleiro do Norte cujo segmento naquele município é conhecido, há cento e sessenta e seis anos, como Córrego de Areia. Segue de Sul a Norte pelo município de Limoeiro do Norte na área de pé de serra, abrigando as barragens das Pedrinhas e do Cabeça Preta. Na barragem das Pedrinhas está instalada a estação elevatória do projeto de irrigação Jaguaribe – Apodi. Seguindo na direção Norte, passa ribeirinho à cidade de Quixeré, atravessando toda a área de várzea nesse município, encontrando-se novamente com o rio Jaguaribe no município de Russas.

       Em se tratando de hidrografia é muito difícil se descrever a topografia de uma região em termos históricos. Pois, sabe-se que pela força das águas e transformações da natureza, o caminho das águas está sempre transformando a topografia e mudando seu curso. Seja por inundações ou outras causas naturais, seja pela ação do homem. O próprio Córrego de Areia é resultado das ações supracitadas. O rio Quixeré é citado em documentos, que são hoje fontes históricas, desde o primeiro século da colonização do Ceará. Até prova em contrário, é uma palavra indígena de significação desconhecida. Existem, no município, várias hipóteses para dar significado a essa palavra ou topônimo. Para alguns, o nome do rio vem de uma aldeia de índios cujo chefe chamava-se Quixeré. Para outros, Quixeré significa rio estreito de águas salobras e barrentas. Dizem os mais antigos que o nosso rio, também era muito estreito e a água tinha uma ferruginosa que eles chamavam de capa rosa e segundo as lavadeiras isso amarelava as roupas e “talhava o sabão.

     Para o professor Batista Aragão, (Índios do Ceará e Topônimos Indígenas, Fortaleza 1994 – 2ª edição, página 100), Quixeré seria a própria tribo de índios Tapuias que habitavam as margens do rio e supostamente falariam em dialeto Caingang. Criando mais uma hipótese: Dessa vez que a palavra Quixeré pode significar porco selvagem.