quinta-feira, 19 de julho de 2012


Proposições para intervenção no rio Velho com um Projeto Popular de Curto Médio e Longo Prazo.

JUSTIFICATIVA
A forma inadequada do uso e ocupação das áreas de Preservação Permanentes no município de Quixeré vem causando impactos nos ecossistemas fluviais e aquáticos, além de por em risco a saúde da população, sobretudo por conta da degradação das matas ciliares e criação de animais em contato direto com água de rios e lagoas.

 A legislação ambiental determina a obrigatoriedade de Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de rios, córregos, lagos, represas, topo de morros, encostas e veredas e no nosso Município percebe-se claramente a falta de observação e cumprimento dessa obrigatoriedade.

O mais prejudicado e prejudicial à saúde humana e também do Planeta é o nosso rio Quixeré. As razões são inúmeras a começar pela forma de ocupação desordenada da rua Manoel Cunha por falta de planejamento e descaso do poder publico jogando diretamente no rio todos os esgotos da cidade, inclusive o do hospital.

Esse trecho conhecido por rio Velho é um remanescente do rio Quixeré que é um braço do rio Jaguaribe a partir de Tabuleiro do Norte até Russas quando retorna ao rio Jaguaribe. Exatamente por passar ribeirinho à cidade de Quixeré esse trecho foi sendo alterado, pela ação do homem e da própria Natureza, separando-se de seu percurso atual,   resultando  em 11 Km de rio seco,  todo em terras quixereense, prejudicando as comunidades a jusante da cidade em relação ao abastecimento humano e irrigação. Em 1989 a prefeitura Municipal de Quixeré (PMQ), perenizou o antigo leito do rio, atualmente denominado de rio Velho, para atender principalmente os agropecuaristas do Leão/Boqueirão e outros ribeirinhos.

A falta de saneamento básico, o lixo jogado ano após ano, as várias passagens aterradas a pequenas distancias, as construções inadequadas, pocilgas, plantas invasoras, tornaram o rio em um pântano perigoso aos desavisados que adentrarem o rio para pescar ou salvar animal e devido a decomposição de tudo que lá se encontra a água do bombeamento se espalha por uma largura desproporcional à calha do rio causando grande desperdício de água canalizada e nos impede de avaliarmos o tipo de intervenção necessária para reordenar a urbanização dos primeiros km e preservação do rio integralmente. Ou seja: na zona rural.

O futuro do mundo é de quem tem água. E o problema hídrico e sanitário é uma questão de saúde publica. Cansados que estamos de esperar providências governamentais, resolvemos mobilizar a comunidade quixereense para neste ano de 2012 prepararmos um Projeto Popular a ser entregue ao Poder Público em janeiro, contendo as ações de curto médio e longo prazo. Para isso contamos inicialmente com parcerias para realizarmos as ações mais urgentes.

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